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Papa Leão XIV combate abusos de IA contra trabalhadores

Papa Leão XIV combate abusos de IA contra trabalhadores assumindo compromisso no combate de avanços e benefícios a privilegiados em sua 1.ª audiência com o colégio de cardeais.
Na ocasião, o pontífice disse que usará “os 2 mil anos de ensinamentos sociais” da Igreja para “responder a uma nova Revolução Industrial, e a inovações no campo de IA que representam riscos à dignidade, justiça, e trabalho humanos”. As big techs obviamente não curtiram tal declaração, e agora estão tentando cortejar o Santo Padre.
O conclave de 2025, conduzido após a morte do papa Francisco, durou dois dias e foi concluído com a eleição de Robert Francis Prevost, então cardeal de Albano e prefeito do Dicastério dos Bispos; ele é o segundo papa do continente americano, o primeiro nascido nos Estados Unidos, e o primeiro de nacionalidade norte-americana e peruana; ele atuou como missionário no Peru por mais de 20 anos.
Tão logo assumiu o cargo, Leão XIV fez várias declarações quanto à posição das gigantes de tecnologia em explorar IAs generativas para todos os casos de uso, em detrimento de prejuízos que possam causar aos mais vulneráveis, tudo em nome do lucro. Casos não faltam:
- O sistema da United Health, empresa que no Brasil administra a rede Amil, que priorizava pacientes brancos. Ele considerava negros como maus pagadores, ignorando dados contaminados: estes têm empregos piores e recebem menos, justamente por serem negros;
- O algoritmo que levou a uma prisão indevida, ao replicar preconceito racial;
- A IA britânica que dava notas piores a estudantes que viviam em condições sócio financeiras inferiores aos mais bem avaliados.
A posição do papa frente à IA está explícita na escolha de seu nome papal, que não é aleatória; o simbolismo por trás dele remete à continuidade do trabalho conduzido pelo último homônimo, no caso, a posição pró-operários de Leão XIII (1878-1903) frente tanto à Revolução Industrial e o capitalismo laissez-faire (em que o governo não se mete na economia, deixando as empresas fazerem o que quiserem), quanto ao socialismo/comunismo de Engels e Marx, visto pela ICAR (até hoje, vale dizer) como um sistema político ateu.
Leão XIV, que não é totalmente leigo na área por ser bacharel em Matemática, subiu o tom, defendendo a promulgação de um tratado global para a regulação das IAs; tal iniciativa, como a capitaneada pela União Europeia, é algo de que as big techs fogem mais que o diabo da cruz.
